quinta-feira, 23 de setembro de 2010

FICHA LIMPA

FICHA LIMPA
http://www.fichalimpa.org.br/index.php?op=como_funciona
COMO FUNCIONA O SÍTIO FICHA LIMPA
A Lei Ficha Limpa é uma grande demanda da sociedade. Originada em uma iniciativa popular, foi sancionada como Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de 2010. A aprovação se deu graças à mobilização de milhões de cidadãos e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no Brasil. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasileiras. Para garantir que essa vontade popular se reflita nestas e nas próximas eleições, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci), com o apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), apresenta o sítio Ficha Limpa – um instrumento de controle social da Lei Ficha Limpa e uma ação de valorização do seu voto!
O sítio Ficha Limpa apresenta um cadastro voluntário e positivo de candidatos que atendem à Lei Ficha Limpa e se comprometem com a transparência de sua campanha eleitoral. Isso significa que, além de estarem se posicionando de acordo com a lei, apresentam o compromisso da transparência através da prestação de contas de sua campanha eleitoral, informando semanalmente a origem dos recursos obtidos e os gastos efetivados. Somente após a avaliação da documentação, o candidato é autorizado (ou não) a figurar na lista.
Os eleitores podem consultar o cadastro de diferentes formas: por Estado, partido, nome/ número do candidato, cargo eletivo, gênero, idade, cor e etnia. Portanto, você pode verificar se o seu candidato está aqui, ou pode também procurar, por exemplo, candidatos a deputado federal no seu Estado. O cadastro está aberto para candidatos aos seguintes cargos eletivos:
- Presidente da República;
- Senador;
- Deputado Federal;
- Governador.
Esse é mais um instrumento para votar com consciência e informação. Use e divulgue entre amigos e candidatos. Assim, estaremos mais perto do país que desejamos.

CANDIDATO
O cadastro está aberto para candidatos aos seguintes cargos eletivos:
- Presidente da República;
- Senador;
- Deputado Federal; e
- Governador.
O sítio permite que os candidatos se cadastrem pelo envio de documentação obrigatória. Aprovada a documentação, o candidato passa a figurar na lista dos que atendem à Lei Ficha Limpa.
Documentação obrigatória:
    •Documento de registro de candidatura no Tribunal Regional Eleitoral;
    •Documento declaratório de que não há condenações em outros Estados pelos crimes listados na Lei Complementar nº. 135/2010;
    •Documento declaratório de que não renunciou a mandato para evitar cassação;
    •Documento declaratório disponibilizando endereço eletrônico para acesso público com o comprometimento de atualizar semanalmente a sua prestação de contas de campanha eleitoral, com informações sobre os doadores, valores recebidos e gastos realizados.

ELEITOR
O cadastro de candidatos poderá ser consultado de acordo com alguns filtros, que podem ser combinados:
    • Nome do candidato;
    • Número do candidato;
    • Cargo eletivo para o qual está se candidatando;
    • Estado;
    • Partido;
    • Gênero;
    • Idade;
    • Cor/etnia (nomenclatura de acordo com o IBGE).
Transparência
A prestação de contas deverá ser disponibilizada durante a campanha eleitoral, com atualização semanal em endereço eletrônico público na internet. As informações devem incluir a origem dos recursos obtidos e os gastos realizados.
Pesquisa - Há funcionalidade para a criação de gráficos para pesquisa, divulgação na mídia etc., de acordo com os vários filtros estabelecidos.
Fiscalização - O sítio está aberto à fiscalização e ao controle social de toda a sociedade. Permite o questionamento do teor das informações apresentadas pelos candidatos, mediante a apresentação de documentos comprobatórios. As possíveis denúncias serão recebidas pela administração do sítio e encaminhadas ao órgão público responsável.
Esses questionamentos devem se restringir aos candidatos cadastrados neste sítio. Para as demais denúncias, favor procurar a seção “Links Úteis” com acesso direto aos canais públicos de denúncia.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Promovido pela Sociedade Brasileira de Áreas Degradadas, II Seminário sobre Medidas Preventivas, Corretivas e de Recuperação Ambiental em Deslizamentos de Encostas e Enchentes tem início nesta quarta-feira


Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) aponta que, nos próximos 20 anos, enchentes e deslizamentos serão mais frequentes na cidade de São Paulo. A previsão é de que uma elevação na temperatura média da região, aliada ao crescimento urbano e à intervenção humana nos cursos d’água, provoque o aumento do nível de chuvas na capital paulista. A pesquisa do INPE é uma amostra isolada de um problema mais amplo, que já atingiu proporções nacionais e mundiais.

Preocupada com essas questões, a Sociedade Brasileira de Áreas Degradadas (SOBRADE) promove, nesta semana, em Curitiba, um Seminário para discutir o assunto. Entre o público-alvo do evento estão Defesa Civil, técnicos de prefeituras municipais (planejamento urbano e meio ambiente), pesquisadores, profissionais ambientais, de psicologia, geologia e engenharia, além de estudantes de cursos afins.

O professor Maurício Balensiefer, presidente da SOBRADE, afirma que a sociedade está mais consciente da necessidade de recuperação ambiental. Segundo ele, embora exista uma cobrança legal para que o ativo (aquele que degrada) trabalhe no sentido de recuperar as áreas, isso ainda não é feito da maneira correta (qualitativa e quantitativamente). "Nós da Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas procuramos difundir as técnicas para melhor fazer isso. A tendência é melhorar a performance técnica, orientando o empreendedor a fazer e, por meio da educação ambiental que leva à conscientização, motivar a população (que mais sofre) a cobrar, bem como os órgãos ambientais a fazer cumprir a lei.”, declara.

Até o momento, a SOBRADE já reuniu mais de mil trabalhos nos diversos simpósios realizados para mais de 3 mil participantes. Além do II Seminário sobre Medidas Preventivas, Corretivas e de Recuperação Ambiental em Deslizamentos de Encostas e Enchentes, a Sociedade promoverá, em outubro, o VIII SINRAD – Simpósio Nacional Sobre Recuperação de Áreas Degradadas.



II Seminário sobre Medidas Preventivas, Corretivas e de Recuperação Ambiental em Deslizamentos de Encostas e Enchentes (23 a 25 de junho de 2010). INFORMAÇÕES, INSCRIÇÕES E PROGRAMAÇÃO: (41) 3360-4256 ou www.sobrade.com.br

Leia na íntegra o estudo do INPE sobre mudanças climáticas em São Paulo:
http://www.inpe.br/noticias/arquivos/pdf/megacidades.pdf

terça-feira, 2 de março de 2010

Deslocamento do eixo terrestre!




Cientistas do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, informaram que o mega terremoto de 8.8 graus que atingiu o Chile no último dia 27 de fevereiro pode ter encurtado o comprimento do dia em aproximadamente 1.26 microssegundos. Segundo os pesquisadores, o efeito é a consequência de uma pequena alteração que pode ter sido aplicada a um dos eixos da Terra.

Planeta Terra

A conclusão é do cientista Richard Gross e de sua equipe, que usaram um complexo modelo matemático para concluir que o eixo de balanço sofreu um reajuste de 2.7 miliarcosegundos, o equivalente a um incremento de 8 centímetros. É importante notar que o eixo de balanço não é o mesmo que eixo de inclinação da Terra, mas um vetor hipotético ao redor do qual a massa do planeta está distribuída. A diferença entre os dois eixos de aproximadamente 10 metros.

Gross aplicou o mesmo modelo em dezembro de 2004, após o terremoto de 9.1 graus que sacudiu a ilha de Sumatra. Na ocasião, os valores computados mostraram que o mega terremoto encurtou o dia terrestre em aproximadamente 6.8 microssegundos, após deslocar o eixo de balanço por cerca de 7 centímetros.

Apesar do terremoto do Chile ser muito menor que o evento de Sumatra, Gross acredita que o maior deslocamento verificado agora se deve a dois motivos. Primeiro, ao contrário do terremoto de Sumatra de 2004, localizado perto do equador, o terremoto de 2010 no Chile foi localizado próximo às latitudes médias, o que o torna mais eficaz para a alteração do balanço das massas. Em segundo lugar, a falha responsável pelo terremoto de 2010 mergulha em um ângulo ligeiramente mais acentuado do que na falha responsável pelo terremoto de Sumatra. Isso faz com que a falha no Chile seja mais eficiente para deslocar a massa verticalmente, o que segundo Gross também é mais eficaz para alterar o eixo de balanceamento da Terra.

Apesar da expressão "mudança de eixo" estar normalmente associada às grandes catástrofes, a possível alteração provocada é extremamente insignificante e em nada altera os movimentos terrestres. Também é importante notar que os valores não são uma constatação real e sim uma simulação matemática da redistribuição da massa do planeta aplicada à conservação do movimento angular.

Direitos Reservados
Ao utilizar este artigo, cite a fonte usando este link:
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/terremotos_globais.php?posic=dat_20100302-083628.inc

Dai fica a pergunta:
SERA MESMO QUE ESTES EVENTOS DE CATASTROFES NATURAIS NÃO TEM CO-RELAÇÃO AS CONSTANTES AGREÇÕES DO HOMEM A NATUREZA (SEJE PELA POLUIÇÃO CONSTANTE, PELAS GUERRAS DE ARTILHARIA PESADA E QUIMIA, E PELOS DESMATAMENTOS MUNDO A FORA)???

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O código florestal e as eleições de 2010

Mário Cesar Mantovani - Diretor de Mobilização da Fundação SOS Mata Atlântica

3222Para aqueles que se preocupam com o futuro da sociedade brasileira, o ano de 2009 termina sem a sensação de alívio. A ameaça ao Código Florestal Brasileiro atravessou o ano e segue rumo ao cenário pós-Copenhague.

Durante os últimos meses, mantivemos marcação cerrada ao projeto de lei 6.424, de 2005, que pode causar enorme retrocesso ambiental. O texto, de relatoria do deputado Marcos Montes (DEM-MG), com os apensos PL 6.840/2006 e PL 1.207/2007, propõe a alteração do Código Florestal (Lei 4.771, de 1965), permitindo flexibilidades perigosas.

Surpreendentemente, o palco da batalha tem sido a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, em Brasília, na qual se espera encontrar parlamentares atentos à questão ambiental.

Ainda nos resta a esperança de que os integrantes, dessa muitas vezes prestigiosa Comissão, irão fazer valer os interesses da sociedade brasileira, beneficiária em primeira instância do patrimônio ambiental deste país e não de uma parcela da população.

Embora seja uma lei de 1965, o Código Florestal é extremamente moderno e fornece condições para que o Brasil se destaque mundialmente como um país diferenciado pela proteção de sua biodiversidade e das riquezas naturais.

É claro que toda legislação sempre pode ser debatida e atualizada, desde que seja parte de um debate democrático e plural. Da forma como está sendo conduzido, no momento em que o mundo todo discute a redução das emissões de carbono e estratégias internacionais de proteção e mitigação, o Brasil - que poderia ser um exemplo positivo - coloca em risco uma parte ainda maior das nossas riquezas naturais.

O povo brasileiro tem que garantir a proteção desse patrimônio, que é seu. Esse projeto de lei vinha sendo discutido e acordado democraticamente (com a participação de setores mais avançados do agronegócio, ambientalistas, associações comunitárias, empresas, etc), mas foi modificado à surdina, encaminhado num golpe de segmentos atrasados da CNA - Confederação Nacional de Agricultura, através dos deputados da bancada ruralista.

O relator anterior, deputado Jorge Khoury (DEM-BA), foi destituído, e esse novo projeto surgiu, colocando em ameaça as políticas públicas no país. Não podemos permitir tamanho absurdo.

Unidos a outras ONGs ambientalistas, como Greenpeace, Instituto Socioambiental, Conservação Internacional, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, da Rede de ONGs da Mata Atlântica, dentre outras, nós da Fundação SOS Mata Atlântica, conseguimos impedir a votação desse projeto de lei, mas ele ainda corre o risco de voltar para a pauta, em mais um golpe.

Se aprovado, por ser de caráter terminativo, segue para a Comissão de Constituição e Justiça e depois para votação em Plenário da Câmara, com posterior sanção do presidente da República. Esperamos que os deputados da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável levem em conta o interesse da população brasileira e não as vontades da minoria ruralista.

As pessoas precisam se tornar protagonistas dessa luta, entender o que isso significa, fazer contato com os deputados de seu estado, manifestando sua discordância com esse retrocesso, e cobrar atitudes responsáveis dos seus eleitos.

Desde 2007, temos cerca de 300 parlamentares mobilizados e atuantes na Frente Parlamentar Ambientalista, uma iniciativa suprapartidária que visa reunir a sociedade civil e os parlamentares na discussão de temas ambientais.

A experiência mostra que o diálogo é possível e extremamente necessário. Mais de 400 leis ligadas à essa área tramitam, atualmente, no Congresso Nacional e precisam ser acompanhadas.

Os setores da sociedade representados pelos parlamentares têm que encontrar o caminho para um futuro digno, com a garantia de bens que parecem simples, mas são essenciais à vida humana, como ar puro, água limpa, clima agradável e qualidade de vida.

Meio ambiente será um tema central nas Eleições 2010, e nós da Fundação SOS Mata Atlântica vamos manter a sociedade atenta para os políticos e candidatos que estão colocando esse futuro possível em risco.

Para colaborar com esta reflexão, estamos preparando mais uma Plataforma Ambiental que mostra os pontos essenciais que deveriam ser considerados pelos candidatos comprometidos com a proteção ambiental. Fique atento você também, como eleitor, e não deixe de se posicionar. Essa luta é de todos nós.

Informações obtidas pelo site:

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010


Bem... Nem sei o que escrever aqui, ainda não estou "domado" com blog's e coisas do tipo!
Contudo, vou tentar ser breve e me expressar da maneira que sei.
A foto ao lado representa basicamente o que eu gosto, NATUREZA!
Como todo mundo ja sabe a muitos e muitos anos antes de começar estas loucuras com o tempo e toda esta onda de naturistas, ambientalistas e alguns cientisas alertando para os problemas que virão se contiarem a desmatar toda e qualquer vegetação do planta (não somente a visada amazonia)... E como ja alertava o agronomo e ambientalista José Antônio Lutzenberger (que desde os anos 1990 alertava e dava diversas palestras sobre educação ambiental e na promoção de tecnologias socialmente compatíveis, tais como a agricultura regenerativa (ecológica), manejo sustentável dos recursos naturais, medicina natural, produção descentralizada de energia e saneamento alternativo.) ... Ele alertava para estes problemas que hoje infrentamos, descongelamento das calotas polares, aquecimento global, tempestades muito violentas e mais seguidas, periodos de seca onde ha abundancia de chuvas e torrentes de chuvas localizadas em alguns lugares deacordo com as massas de ar frio e quente entre o solo e a atmosfera...Tudo isso e mais um monte (que não me recordo) ele ja havia alertado!... E o que os politicos fizeram? NADA!...Somente de uns anos praca que resolveram pensar no assunto, debater, fazer algumas leis que impedem pequenos proprietarios a derrubar arvores e arbustos para abrir lavoura, as as grandes madereiras, as carvoarias (que desmatam e transformam as arvores em carvão para alimentasr as furnas das siderurgicas), estão ainda a todo pano!... O que fazer? Plantar e repalntar varias e inumeras mudas de arvores nativas em qualquer lugar que se possa plantar? mas como estas mudas virão a vingar e crescer se o clima não favorece?...
Bem o pouco que eu sei e tenho visto em noticiario é que o goveno como sempre SOMENTE FALA E NADA AGE! Fala em preservação e em leis mais severas o diabo a quatro... Ao mesmo tempo, resolve fazer novas usinas hidroeletricas, uma la na amazonia, somente com intuito de ajudar "companheiro ditador" (que por incompetencia, esta destruindo seu proprio pais)!...QUANDO HA INTERESSES DE POLITICA ESCUSA versos POVO e MEIO AMBIENTE, quem você acha que ganha?

Pois bem... Deixemos o podre poder de lado e voltemos a materia principal, natureza e meio ambiente. Vai aqui um pequeno trxo de quem foi e o que fez José Lutzenberger:
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José Antônio Lutzenberger (Porto Alegre, 17 de dezembro de 1926 — Porto Alegre, 14 de maio de 2002) foi um agrônomo e ecologista brasileiro que participou ativamente na luta pela conservação e preservação ambiental. Foi secretário-especial do Meio Ambiente da Presidência da República de 1990 a 1992.

Biografia

Era filho do artista plástico, arquiteto e professor teuto-brasileiro Joseph Franz Seraph Lutzenberger[1].

Formado em Agronomia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Lutzenberger trabalhou durante muito tempo para empresas que produzem adubos químicos, no Brasil e no exterior. Em 1971, depois de treze anos como executivo da Basf, abandonou a carreira para denunciar o uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras do Rio Grande do Sul. A partir de então se dedicou à natureza e defendeu o desenvolvimento sustentável na agricultura e o uso dos recursos renováveis, alertando para os perigos do modelo de globalização em vigor.

Participou de mais de oitenta encontros nacionais e mais de quarenta internacionais. Entre os quarenta prêmios que recebeu está o The Right Livelihood Award (Nobel Alternativo), 25 distinções e inúmeras homenagens especiais.

Participou da fundação da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN) - uma das entidades ambientalistas mais antigas do país - e criou a Fundação Gaia. Lutz, como era conhecido, escreveu diversos livros, dos quais um dos mais notáveis é Fim do futuro? - Manifesto Ecológico Brasileiro, de 1976. Coordenou também os estudos ecológicos do Plano Diretor do Delta do Jacuí (RS), tendo papel importante na implantação do Parque Municipal do Lami, em Porto Alegre, (que hoje leva seu nome), e do Parque Estadual da Guarita, em Torres, entre outras atividades.

Em março de 1990, foi nomeado secretário-especial do Meio Ambiente da Presidência da República, em Brasília, durante o governo de Fernando Collor de Mello, onde permaneceu até 1992. Nesse período, teve papel decisivo na demarcação das terras indígenas, em especial a dos índios Yanomami, em Roraima, na decisão do Brasil de abandonar a bomba atômica, na assinatura do Tratado da Antártida, na Convenção das Baleias e na participação das conferências preparatórias da Conferência Mundial do Ambiente, a Rio-92.

Lutzenberger faleceu em 2002, com 75 anos. Ele foi sepultado do jeito que desejou, nu, envolto em um lençol de linho, sem caixão, ou seja, sem deixar impactos ao ambiente, de forma coerente com sua vida. Seu sepulcro está próximo a uma árvore, em um bosque do Rincão Gaia, em Pantano Grande.

Fundação Gaia

Localizada em Pantano Grande (RS), a fundação atua na área de educação ambiental e na promoção de tecnologias socialmente compatíveis, tais como a agricultura regenerativa (ecológica), manejo sustentável dos recursos naturais, medicina natural, produção descentralizada de energia e saneamento alternativo.

A sede rural leva o nome de Rincão Gaia, área de 30 hectares situada sobre uma antiga jazida de basalto, e que se tornou exemplo de recuperação de áreas degradadas. O lugar é habitado por diversas espécies silvestres, como a jaçanã, o martim-pescador, o ratão-do-banhado, a lontra, a coruja-das-torres, e outras espécies animais. Além disso, lá funciona o centro de educação ambiental e de divulgação da agricultura regenerativa.

Quem foi José Lutzemberger?

Este renomado protetor da natureza ganhou mais de 40 prêmios, 25 distinções e dez homenagens.

Fonte: www.fgaia.org.br

José Antônio Lutzemberger foi um importante ecologista e agrônomo brasileiro. Nascido em 17 de Dezembro de 1926, foi dele a autoria de "O manifesto ecológico brasileiro". A partir da década de 1970, desenvolveu uma série de atividades voltadas à defesa do meio ambiente. Entre estas estão a criação da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), em 1971, e a Fundação Gaia, em 1987. Além disso, se destacou pela organização de programas de agricultura biológica em intercâmbio com diversos países.

Este renomado protetor da natureza ganhou mais de 40 prêmios, 25 distinções e dez homenagens. Devemos destacar o Prêmio Nobel Alternativo, em 1988 em Estocolmo, e o Premio Nacional da Ecologia do Bundes Naturaschutz Deutschland. Em 1990, foi nomeado secretário especial do Meio Ambiente pelo então presidente Fernando Collor de Mello.

Faleceu em 14 de maio de 2002, em sua cidade natal, Porto Alegre, vítima de parada cardíaca. Até em seu cerimonial fúnebre Lutzemberger mostrou ser um batalhador das causas ecológicas. O corpo foi enterrado dentro um bosque no Rincão Gaia, no interior do Rio Grande do Sul, conforme desejo expresso em vida. Lutzenberger foi enrolado num pano, sem sapatos, e colocado na terra sem caixão.

Publicou diversos livros, entre os quais "Manifesto ecológico brasileiro e Ecologia: do jardim ao poder". Seu pai também publicou livros, mas de um tema diferenciado: o cenário teuto-brasileiro. A obra "O Colono no Rio Grande do Sul", é um álbum de 1950 onde publicou desenhos em bico de pena sobre os colonos germânicos do RS.